Primeiras impressões!
Nesta jornada pela Europa, compartilho minhas primeiras impressões ao desbravar Barcelona, Paris, Bélgica e Amsterdã. Da ansiedade do desembarque aos 27km percorridos no primeiro dia, descubro que viajar não é apenas conhecer lugares, mas transformar-se com eles. Uma reflexão sobre aprender a desacelerar, estar presente e entender que cada retorno a um lugar nos mostra não apenas como o destino mudou, mas como nós mesmos nos transformamos.
Jordana Passos
4/23/20253 min ler
Viajar e conhecer outras cidades, mesmo que próximas, é capaz de nos transformar. Gerando aquela ansiedade boba, como quando a gente anseia encontrar uma pessoa amada. Imaginem então, como seria desembarcar em outro continente. Assim eu sonhei, imaginei, durante anos, vivi e revivi na minha mente... enquanto o avião pousava na Alemanha, um misto de sensações.
A primeira cidade que nós conhecemos foi Barcelona. Sim, pousamos primeiro na Alemanha, em Frankfurt para ser exata, mas mais uma vez a vida me ensinava a ser paciente. O desvendar teria que aguardar. Em Barcelona, passando pela imigração, aquele frio na barriga, de quem ouviu e viu várias histórias daqueles que não conseguiram. E se tiver algo errado? E se...
Com muita tranquilidade, passamos. E começava nossa jornada. Vibrante, animada, limpa e linda. A primeira de muitas, quisera eu ter tomado essa consciência naqueles dias.
O único de vários!
Com o planejamento de uma vida, essa primeira viagem pela Europa se tornou uma mega Eurotrip de 30 dias. Eu queria fazer tudo, ver tudo, afinal, era a primeira e única vez. Então, no roteiro 10 cidades, 7 países, e todos os pontos turísticos.
Resultado, no primeiro dia, já tínhamos andado mais de 27km a pé. Eu não podia perder nenhuma esquina de informação, de história, de vida... A impressão que fica é que exploramos Barcelona muito bem, foram 4 dias inteiros, andando e explorando todos os parques, pontos turísticos, bairros residenciais, monumentos, lanchonetes e cafeterias locais.
Não é à toa que é uma cidade que eu sempre digo, vá e me conte. Pudera eu mostrar com meus próprios olhos! Mas, felizmente, somos diferentes. E nem sempre o que eu vi, será visto da mesma forma. Saí querendo morar lá, e já vi retornarem dizendo que não voltam nunca mais. Nunca mais é muito longe!
A verdade é que nesse pique em algum momento eu precisaria desacelerar.
Desacelerar para entender!
Nossa chegada em Paris foi fria, com neve, vento, e chuva, regada de vistoria policial nas ruas. Um possível atentado tinha acontecido dias antes. A ideia era desacelerar, mas a Cidade das Luzes estava agitada. No primeiro dia, cruzamos a cidade toda, com quilos nas costas, e calos nos pés.
Nenhuma palavra é capaz de descrever o sentimento do primeiro banho quente de banheira em um quarto de hotel depois desses quilômetros todos. Os pés não aguentavam, mas o coração queria continuar. Foram dias intensos. Aqui tivemos nosso primeiro jantar francês, gastamos nossos poucos euros em pouquíssimo tempo de luxo. Mas como valeu a pena. Não sei se posso dizer que é tudo o que dizem. Mas com certeza, vá, Paris é Paris!
É chegada a hora de abrir os horizontes, e a Bélgica foi a escolhida. Não era um sonho, foi pura logística. Passando em Bruxelas e Bruges experimentamos o frio belga, as cervejas, e claro o chocolate. Não fui surpreendida, acho que preciso voltar. Aqui desaceleramos, pudemos sentar-nos e conversar durante horas. Trocamos de lugar, e ali nos conectamos e percebemos todos os dias que já tinham ficado para trás. Entendemo-nos!
O encontro com o inesperado!
Dali para frente a viagem tomava outro rumo, uma parada nada convencional em Amsterdã me ensinou muito, antes de finalmente poder viver meu sonho de desbravar a Alemanha.
Muita informação. Nunca caberia nesse post. Eu sei que vivi e vi coisas que nunca foram uma realidade. Com a mente e o coração abertos. Se olhar bem verá salas inteiras com apenas uma boa poltrona para ler e um bom piano para tocar. Isso bastava ali. Mas foi muito além. Arte, arquitetura, engenharia, e muita liberdade.
Eu ainda não voltei em Barcelona, nem em Paris, muito menos na Bélgica. Amsterdã me quis de volta. Alguns anos depois retornei de uma outra forma, e vi outro lugar. O lugar era o mesmo? E eu...diferente?
Logo recordei daqueles primeiros dias, aquela garota sonhadora que imaginou que nunca mais colocaria os pés ali, de repente, estava em pé, em frente ao letreiro que outrora me acolheu com um chocolate quente, agora me acolhia com amor e muita esperança. Tive a certeza de que não era preciso correr. Bastava estar ali, caso fosse a última, pelo menos eu estive presente. Ser grata e continuar...
Assim como eu, precisarão tem paciência para aguardar a continuação desse relato. Tenho muito ainda para contar, e mais ainda que viver!
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